set 1, 2016
Terceirizado ou quem negocia por empresa sem o sindicato ganha menos
O relatório do Dieese sobre as negociações salariais de diversas categorias de trabalhadores neste primeiro semestre de 2016 revelam números muito ruins, que lembram a conjuntura de crise anterior a 2003, quando quem governava o país era o tucano Fernando Henrique Cardoso. O relatório comprova, mais uma vez, que os trabalhadores têm que se organizar em torno dos sindicatos e centrais sindicais para barrar o arrocho, o desemprego, a retirada de direitos trabalhistas e a política do desmonte do estado que o governo Temer já anunciou que vai fazer.
DO SITE DA CUT: A mais nova versão do já tradicional balanço das negociações salariais do primeiro semestre foi anunciada nesta quinta pelo Dieese. Os resultados, como já se podia prever, são piores do que anos anteriores, em função da crise.
O relatório do Dieese pode ser lido aqui.
Os números ruins confirmam algumas máximas sindicais.
Um dos gráficos mostra que o resultado das negociações é o pior desde 2003. Ou seja, os números da pesquisa Dieese indicam que corte de investimentos e restrição fiscal sufocam a economia, comprovando que o Estado tem de desempenhar o papel de indutor do desenvolvimento.
O movimento sindical tem insistido, ao longo dos últimos anos, que os trabalhadores e trabalhadoras terceirizados têm salários, em média, 27% inferiores aos trabalhadores diretos, segundo estudos do próprio Dieese. A maioria do atual Congresso Nacional e o Temer querem a terceirização sem limites.
Negociado sobre legislado?
O balanço apresentado hoje também mostra que a negociação por categoria – a chamada convenção coletiva – obtém salários melhores que as negociações diretas com empresas – os chamados acordos coletivos.
Portanto, confirma-se a tese de que sindicatos fortes que representem todas as profissões que compõem determinado ramo de atividade conseguem resultados mais efetivos. A CUT planeja ampliar essa estratégia, promovendo campanhas unificadas entre diferentes categorias.
Outra interpretação possível para esses dados aponta para o perigo que a proposta do “negociado sobre o legislado”, defendida por Temer, representa para os trabalhadores e trabalhadoras. Segundo essa proposta, negociações diretas com os patrões teriam mais força do que a legislação trabalhista.
Números
O Dieese analisou 304 campanhas salariais. No primeiro semestre de 2016, apenas 24% obtiveram aumentos acima da inflação. 37% empataram com a inflação e 39% perderam para a inflação do período anterior.
Na média de todas as campanhas, o índice ficou 0,50% abaixo da inflação medida pelo INPC-IBGE.
Das convenções coletivas – campanhas por setor – , 25% delas tiveram aumento real, contra 15,4% dos acordos coletivos – por empresa. A imensa maioria das campanhas salariais analisadas pelo Dieese é fechada por convenção coletiva (291 contra 13).
Lava Jato
João Cayres, secretário-geral da CUT-SP, alerta que há um fator importante para a queda do emprego e o enfraquecimento das campanhas salariais que vem sendo ignorado pela mídia corporativa. “Mais do que o ajuste fiscal, que nem chegou a ser implementado, a forma como é conduzida a Operação Lava Jato está quebrando empreiteiras, paralisando o setor de construção, gás e petróleo e isso contamina toda a economia”.
ago 30, 2016
A diretoria do Sindicato dos Professores de Costa Verde e Região (Sinpro) – entidade filiada à Feteerj – participou de uma audiência hoje (30) com o presidente da Câmara de Vereadores do município de Angra dos Reis, vereador Claudinho (na foto, à direita), e outros parlamentares para cobrar melhorias para a categoria. O Sindicato estadual dos Profissionais de Educação também participou.
Na reunião, os sindicalistas solicitaram que os vereadores aprovem um reajuste no Plano de Cargos e Carreiras da rede municipal, uma vez que o Fundeb vem aumentando suas arrecadações e os profissionais da educação não recebem o reajuste. As sindicalistas solicitaram, também, que a RTI entre no sistema previdenciário.
Em outubro, ocorrerá uma nova reunião, com as presenças da secretária de Educação e da prefeita Maria Da Conceição Caldas Rabha.
Também na foto (centro), as diretoras do Sinpro Lucinea Firmino Batista e Suelen Chrisostimo.
Curso de Fotografia
Começa nessa quinta, dia 1º de setembro, o Curso de Fotografia patrocinado pelo Sinpro Costa Verde: “Fotografia como ferramenta educacional”.
ago 30, 2016
DO SITE DO SINPRO MACAÉ: os professores da Universidade Estácio de Sá Iniciaram o 2º Semestre de 2016 com a presença do SINPRO MACAÉ E REGIÃO na reunião do dia 22 de agosto, na Unidade Macaé. A direção do sindicato avaliou que o momento era oportuno para que pudéssemos, mais uma vez, reafirmar a posição do nosso sindicato na defesa dos direitos dos nossos professores. Neste mesmo dia, oficializamos novamente a direção da Unidade Macaé e cobramos a continuidade das negociações para o fechamento ACT 2016/2017, conforme nossas deliberações de assembleias: INPC INTEGRAL (podendo ser parcelado, porém dentro do ano de 2016), abono integral em outubro/2016 e cumprimento das cláusulas sociais.
Desde 2009, o Sinpro Macaé e Região vem travando um forte debate nos processos de negociações com a direção da Estácio. Consideramos que a política de valorização está muito aquém da expectativa para os professores.
O início do segundo semestre deste ano, parte da sociedade brasileira, sobretudo aquela que, de alguma forma, se relaciona com o Ensino Superior, passou a conviver com o senso comum de um noticiário que tentou mudar o trato com a questão da educação enfatizando o processo de absorção, via Bolsa de Valores, da Universidade Estácio de Sá pelo grupo financeiro-educacional Kroton/Anhanguera.
A Contee já está tomando providências junto ao Conselho Administrativo de defesa Econômica (Cade) e ao Ministério Público Federal (MPF) contra o novo passo dado nesta semana no nocivo fenômeno da oligopolização do ensino superior: a aprovação dos acionistas das empresas Kroton e Estácio aos termos da proposta para a incorporação da segunda pela primeira. Se for concretizado, o negócio entre as duas companhias vai engordar ainda mais o monstro educacional já formado quando da fusão entre Kroton e Anhanguera e deterá cerca de 1,5 milhão de alunos e aproximadamente 25% de participação no mercado brasileiro de educação privada.
A negociação, no entanto, ainda precisa da análise e do aval do Cade, que vai avaliar se impõe restrições à operação. Caso sejam feitas restrições, as empresas decidirão se aceitam cumprir as exigências do Cade ou se desistem do negócio. Para deter mais esse prejuízo à educação brasileira, o setor jurídico da Contee já trabalha junto ao Cade e ao MPF, a exemplo do que fez no caso da Anhanguera.
ago 29, 2016
Feteerj e Sindicatos filiados também participam da nova diretoria
A nova diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) foi eleita em São Paulo nesse domingo (28) pelo 9º Congresso Nacional da entidade (Conatee) e cumprirá um mandato de quatro anos. Em uma postura madura e democrática, tendo em vista a importância do enfrentamento da gravíssima crise política e econômica do nosso país, cerca de 800 delegados elegeram uma chapa única e representativa de todas as tendências que compuseram o Congresso. Esta posição reforça o combate que a Confederação, as Federações e Sindicatos de Professores terão que cumprir contra a retirada de direitos trabalhistas e sociais que, infelizmente, se avizinha.
De um total de 82 delegados eleitos pela Feteerj e assembleias de base dos Sindicatos filiados no estado do Rio para participarem do Conatee, 15 destes delegados também foram eleitos para a nova diretoria da Contee e Conselho Fiscal, participando inclusive da Diretoria Executiva, com os nomes de Lygia Maria Baptista Carreteiro e Oswaldo Luis Cordeiro Teles.
Assim, a Feteerj saúda a forma como o 9º Conatee se postou diante da atual conjuntura política nacional e tem certeza que as decisões votadas e aprovadas pelos delegados serão fortes ferramentas de resistência aos ataques contra os direitos dos trabalhadores e, em especial, contra os ataques aos direitos dos professores dos estabelecimentos privados de todo o país.
Conheça aqui a direção da Contee.
Leia a seguir, os nomes dos integrantes do Rio de Janeiro eleitos para a direção da Contee:
– Coordenação da Secretaria de Formação: Lygia Maria Baptista Carreteiro
– Coordenação da Secretaria de Organização Sindical: Oswaldo Luis Cordeiro
Teles
Diretoria plena:
– Antonio Rodrigues da Silva
– Afonso Celso Teixeira
– Frederico Luiz Marmo Fadini
– Guilhermina Luzia da Rocha
– João Jorge de Araújo Armênio
– Nivaldo Pinto Ferreira
Suplentes:
– André Jorge Marcelino da Costa Marinho
– Elaine Malagoli Paulino
– Suelen da Silva Chrisostimo
– Vera Lúcia Ribeiro Felix
Conselho Fiscal Titular:
– José Luis Miranda Antunes
Conselho Fiscal Suplente:
– César Gomes Araújo
Também foi eleito para a Direção Plena o professor João Marques da Fonseca Filho, diretor do Sinpro Sul Fluminense.
A seguir, a matéria do site da Contee: Foi eleita nesse domingo (28) a nova Diretoria da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), que conduzirá a entidade pelos próximos quatro anos. E a construção da unidade foi a grande vitória do 9° Conatee, com a composição de uma chapa única para a disputa. O entendimento é de extrema importância para o fortalecimento da luta da Contee, sobretudo num momento político que exige da esquerda brasileira um posicionamento firme e unitário em defesa das conquistas dos últimos 13 anos e dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Foi justamente o que destacou o professor Gilson Reis, eleito o novo coordenador-geral da Contee, que tomará posse oficialmente no dia 3 de outubro. “A Contee, neste congresso, faz história. História porque o momento político do nosso país demanda a mais ampla unidade para poder resistir às adversidades que serão impostas ao movimento sindical e aos trabalhadores e trabalhadoras”.
A professora Madalena Guasco Peixoto, que esteve à frente da Coordenação-Geral por quatro mandatos e agora assume a Coordenação da Secretaria-Geral, agradeceu aos delegados e delegadas e à organização do Conatee, recebendo ainda uma homenagem no encerramento do congresso. “Foi com muito orgulho que dirigi esta Confederação por quatro gestões e é com muito orgulho também que passo o bastão ao companheiro Gilson. Continuo na direção e vou fazer o possível que a gestão que começa seja muito mais exitosa do que a que se encerra”.
Além da eleição da diretoria, o 9° Conatee reafirmou a bandeira de combate ao golpe e em defesa da democracia, aprovou resoluções a respeito da conjuntura nacional e internacional e apontou as posições políticas e a forma de enfrentamento à crise econômica e seus efeitos na luta da classe trabalhadora.
A pauta educacional também definiu as prioridades da luta da Confederação na defesa da educação pública, democrática, de qualidade socialmente referenciada, e da regulamentação do setor privado de ensino.
ago 27, 2016
No dia 24 de agosto, foi realizada na sede da Feteerj a primeira reunião da Frente Nacional da Escola Sem Mordaça no Rio de Janeiro (reação ao projeto “Escola sem partido”), com a participação excelente de representantes de diversas entidades. Na reunião, foi discutida a intervenção da Frente na audiência pública sobre o projeto de lei, que ocorrerá dia 1º de setembro, no Senado, em Brasília.
Foi informado que no dia 05 de setembro será a próxima reunião do Fórum Estadual. Antes, ocorrerá uma reunião com os professores da academia, que estão organizando um curso de formação, do qual participarão, entre outros, o professor Fernando Penna e Gaudêncio Frigotto.
Entidades presentes : Andes, Sinasefe, CUT, CNTE, Contee, Sepe, Feteerj, Sinpro Macaé, Sinpro Petrópolis, Sinpro Costa Verde, Sinpro Rio, Sinpro Niteroi, Sinpro Nova Friburgo, Sindicato dos Bancários, AERJ e Fórum estadual de Educação do Rio de Janeiro; também estiveram presentes representantes dos mandatos dos deputados estaduais Flávio Serafim e Waldeck Carneiro, dos vereadores Reimont e Renato Cinco, além de estudantes secundaristas.
ago 26, 2016
Todos os 10 sindicatos filiados à Feteerj elegeram delegados
Começou nessa sexta (26), em São paulo, o 9º Congresso Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Conatee), com o tema: “Lutar e resistir: preservar a democracia e não perder direitos”.
A abertura ocorreu hoje (foto), com um ato em defesa da democracia e contra o processo de impedimento da presidente Dilma, que entrou esta semana na sua fase final.
A Feteerj e os sindicatos filiados estão representados por 82 delegados – em um total de 800 delegados que foram eleitos em todo o país.
O Congresso termina dia 28 de agosto. Na pauta, a eleição da Diretoria Plena e do Conselho Fiscal da Contee; o balanço da atual gestão; a prestação de contas e o plano de lutas; a conjuntura nacional e internacional; a conjuntura educacional; e as relações sindicais e direito do trabalho, entre outros assuntos.
Leia aqui os documentos disponibilizados pela Contee.
Acréscimo (27/08): leia aqui a matéria sobre o ato pela democracia e contra o golpe no site da Contee.
ago 23, 2016
Nesta quarta-feira, dia 24 de agosto, às 14h, a Feteerj irá sediar a primeira reunião da Frente Nacional da Escola Sem Mordaça no Rio de Janeiro (reação ao projeto “Escola sem partido”). A reunião foi convocada para constituir o fórum estadual em nosso estado pelas seguintes entidades representativas: Andes, Sinasefe, Feteerj e sindicatos filiados, Contee, Cnte, Sepe, UEE, Ames, Ubes, Federação dos Estudantes das Escolas Técnicas, entre outras.
A pauta vai tratar do encaminhamento das deliberações da reunião nacional que ocorreu no dia 19 de julho, tais como a realização de audiências públicas na Assembleia Legislativa e Câmara de Vereadores do Rio para aprofundar a discussão sobre as incoerências e arbitrariedades do PL, além de incrementar a comunicação para a sociedade dos argumentos das entidades contrários ao projeto.
ago 20, 2016
Feteerj orienta sindicatos filiados a realizarem assembleias para discutirem a contraproposta do SESI
A diretoria colegiada da Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Estado Rio de Janeiro (Feteerj) decidiu aceitar a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) entre o SESC e os sindicatos filiados – o ACT é relativo a 2016 e atinge os professores que trabalham nas escolas daquela empresa em todo o estado. O acordo será finalizado entre o SESC e a Feteerj até a quinta-feira, dia 25 de agosto.
Foram pactuados entre a Federação e o SESC os seguintes termos, entre outros:
1) Data base em 1º de maio;
2) Cláusula econômica com valores acima da média do mercado;
3) Diversos benefícios como plano de saúde, bolsa integral para filhos dos professores nas escolas SESC, auxílio alimentação, transporte entre outros.
Negociação Feteerj x SESI
Em relação ao ACT 2016 com o SESI, o diretor da Secretaria de Administração da Feteerj e integrante da Comissão de Negociação, Robson Terra, enviou às direções dos sindicatos filiados a sugestão para que as entidades realizem assembleias deliberativas com os professores das escolas da empresa, preferencialmente antes do dia 15/09. Nas assembleias, os professores deverão se posicionar quanto à seguinte proposta do SESI feita à Comissão de Negociação:
“A correção salarial fica mantida no patamar de 5% em março/16, + 2% em julho/16 e + 2% em novembro/16, de forma acumulada. Lembramos que em benefício dos professores o SESI concedeu antecipação de 5% a partir de junho/16 e de 2% a partir de julho/16, restando o pagamento das diferenças do reajuste de 5% dos meses de março, abril e maio/16 que será efetuada tão logo assinarmos o ACT.
“A concessão dos benefícios, retroativos à data-base, considerando a carga horária plena, mas, respeitada a proporcionalidade da carga horária do professor, conforme cláusula do ACT, importam em: Vale Alimentação/Refeição, no valor diário de R$ 31,71; Aux. Creche e Aux. Dep. PCD, no valor mensal de R$ 599,50”.
ago 17, 2016
Em protesto em defesa da CLT, da previdência social e das estatais, e contra o governo golpista, as centrais sindicais organizaram atos no dia 16 em todo o país (leia aqui sobre o ataque planejado por Temer que visa acabar com o 13º e as férias).
Os atos estão sendo organizados para preparar a greve geral nacional.
Aqui no Rio, a CUT e a CTB se incorporaram ao ato do Sindicato dos Bancários, que caminhou pelo Boulevard Olímpico para entregar medalhas irônicas em modalidades em que os banqueiros são campeões mundiais. Ocorreram apresentações culturais e panfletagens. A recepção aos manifestantes pelo público foi excelente e os adesivos “Fora Temer” se esgotaram rapidamente – leia aqui a matéria sobre o ato no site dos Bancários.
A Feteerj e os sindicatos filiados também apoiaram as manifestações que ocorreram em todo o estado. A seguir, leia a matéria do site da CUT Nacional:
DO SITE DA CUT: Na manhã desta terça-feira (16), a CUT e demais Centrais sindicais reuniram mais de seis mil pessoas na frente da sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em mais uma atividade do “Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos”. As entidades aproveitaram o ato para enviar um recado ao governo ilegítimo de Michel Temer.
“Assim como a Fiesp avisou que não pagaria o pato, os trabalhadores também não vão. Os trabalhadores querem seus empregos garantidos, não permitiremos que esse governo golpista avance nos nossos direitos. Nosso aviso está dado, se mexer com a classe trabalhadora, nós vamos parar esse País”, alertou Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT.
Outro dirigente que aproveitou a manifestação na frente da Fiesp foi Edson Carneiro, o Índio, secretário-geral da Intersindical. “Chega de ouvir o [Paulo] Skaf dizendo que vai pagar o pato, ele tem que pagar são os impostos sobre suas propriedades. O Michel Temer é um mordomo do diabo e fica aqui o recado para ele: ‘Temer, tire suas patas sujas da CLT’”.
Diante dos inúmeros balões e faixas de sindicatos de toda parte do estado, as lideranças seguiram se revezando no microfone, alertando a militância e transeuntes que estavam na avenida Paulista sobre as consequências das ações tomadas por Michel Temer.
“O que estamos vendo por todo o País é uma rejeição ao governo que aí está, que nem é ainda governo empossado, não sabemos o que acontecerá semana que vem em Brasília [o Senado votará entre os dias 25 e 31 de agosto o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff]. O Temer tem sido vaiado em todas as partes do Brasil, por todos os lados temos visto protestos contra suas medidas. Aliás, essas medidas de arrocho pra cima da classe trabalhadora, se fossem boas, teriam resolvido a crise na Europa, que se arrasta desde 2008”, lembrou Sérgio Nobre.
Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, pediu que as Centrais se mantenham unidas. “É fundamental que nos juntemos, esse é só o primeiro de diversos atos que vão provocar uma paralisação nacional. Por trás desse discurso da modernidade do trabalho, há propostas como jornada de 80 horas semanais de trabalho”, criticou o dirigente sindical.
ago 15, 2016
Centrais sindicais promoverão o Dia Nacional de Mobilização para barrar retrocessos em conquistas trabalhistas e sociais
A Feteerj – Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro – e os sindicatos filiados convocam os professores a se unirem à manifestação nacional e unificada dos trabalhadores, convocada para o dia 16 de agosto, em defesa de empregos, direitos e da Previdência Social. A convocação está sendo feita pelas maiores centrais sindicais: CUT, FORÇA SINDICAL, UGT, NOVA CENTRAL, CTB, CSB, CGTB e CSP CONLUTAS.
No estado do Rio, os professores da educação básica e da educação superior vêm sofrendo este ano com uma conjuntura duríssima, obrigando os sindicatos a uma luta diária pela manutenção de direitos, como também com a própria manutenção dos empregos.
Esta luta é de cunho nacional. Por isso mesmo, a Feteerj e os sindicatos de professores reafirmam a convocação para que a categoria se una ao movimento convocado pelas Centrais no dia 16 de agosto, rumo a uma mobilização nacional.
O governo interino prepara diversos ataques a direitos históricos de todos os trabalhadores, como o fim do 13º e das férias remuneradas, contidos na CLT – leia mais aqui.
A Feteerj orienta os professores que participem dos atos realizados em suas cidades, com o apoio dos Sinpros – nenhum direito a menos!
A seguir, a convocação da CUT:
DO SITE DA CUT (12/08): A CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT realizam em 16 de agosto o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos.
Além de paralisações nos locais de trabalho como bancos e fábricas, de uma, duas horas ou a manhã inteira, haverá atos em frente às sedes das principais federações patronais em todas as capitais do Brasil.
Um dos maiores desafios do movimento sindical brasileiro hoje é defender os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo atacados pelo Congresso Nacional e pelo governo federal, e impedir que milhares de trabalhadores sejam demitidos.
A ampliação da terceirização que explora, mutila e mata; a flexibilização de direitos trabalhistas e a reforma da Previdência Social são algumas das ameaças que o atual governo está tentando aprovar. Se não houver resistência, luta e muita pressão, podemos ter mais desemprego, o fim da CLT e da política de valorização do salário mínimo, além de aposentadoria só aos 70 anos.
É isso que empresários, como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e da CNI, Robson Andrade – aquele que falou em aumentar a jornada para 80 horas semanais – querem.
“Os empresários financiaram o golpe de Estado e agora estão cobrando a conta. Acham que nós é que vamos pagar. Estão enganados. Esse pato não é nosso”, diz o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.
Segundo Vagner, o Dia Nacional de Mobilização é um alerta ao governo e aos empresários. “Vamos resistir, vamos lutar para impedir o aumento da exploração e a retirada de direitos. A mobilização do dia 16 é um dos passos dessa resistência rumo a uma greve geral.”
Para ele, não é possível aceitar qualquer retrocesso nos direitos sociais. Uma das principais ameaças do momento é a tentativa de implantar o negociado sob o legislado. Neste caso, as relações entre empregado e patrão ditam as regras que ficarão acima dos direitos garantidos pela CLT.
“Não é porque os sindicatos têm medo de negociação ou são acomodados com a legislação. É porque o empresário brasileiro não avança para ter uma relação de igual para igual, muito pelo contrário. O que acontece hoje é uma campanha mundial contra os sindicatos”, argumentou Freitas.
“Aceitamos o negociado sob o legislado, desde que seja negociado com o trabalho mais do que está na CLT. Aceitamos desde que seja uma proposta melhor para o trabalhador, nada mais do que isso”, conclui o presidente da CUT.
DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO E LUTA POR EMPREGO E GARANTIA DE DIREITOS
Alagoas
8h – Ato de protesto na casa das Indústrias de Alagoas
Amapá
12/8 – Ao final do III Simpósio Amazônico Sobre Reforma Agrária, Desenvolvimento e Meio Ambiente – SARADAM, será feito um ato da CUT por nenhum direito a menos
Bahia
9h – Ato em frente à FIEB com todas as centrais
Mato Grosso
17h – Ato das centrais sindicais na Praça Ipiranga, no centro de Cuibá
Mato Grosso do Sul
Greve geral contra retirada de direitos
9h – Paralisação e ato em Campo Grande.
13h – Audiência Pública na Assembléia Legislativa
Pará
8h – Concentração com Café da Manhã na Escadinha (Próximo a Estação das Docas).
Às 9h sai em caminhada pela Presidente Vargas, fazendo paradas em frente a bancos e agencia dos correios. Termina com um ato em frente a agencia do INSS de Nazaré.
Paraíba
15h – Parque Solon de Lucena – Centro João Pessoa
Pernambuco
8h – Fetape realizará ato na secretaria de agricultura
17h – Ato com a Frente Povo Sem Medo e Conlutas na Praça da Independência, no centro do Recife
Piauí
Ato acontece dia 23, às 8h, na Praça do Marques
Rio de Janeiro
10h – Os Bancários vão lançar a campanha salarial e a CUT vai se incorporar na atividade, no Boulevard Olímpico, praça Mauá
Rondônia
Plenária das Mulheres CUTistas do Estado em Ji-Paraná
Rio Grande de Sul
7h – Ato estadual unificado em defesa da CLT e da Justiça do Trabalho e contra a Reforma da Previdência, em frente à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), na Avenida Assis Brasil, zona norte de Porto Alegre
Sergipe
Dia 15, às 15h – O Ato será antecipado por conta da visita do Ministro da Saúde do Governo Interino em Teresina, em frente ao Hospital Universitário. Com CTB e Conlutas
Santa Catarina
13h – Ato em frente à UDESC com todas as centrais
São Paulo
10h – Ato em frente à Fiesp
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