Dia 15 de março tem paralisação nacional dos professores contra as reformas da previdência e trabalhista

Dia 15 de março tem paralisação nacional dos professores contra as reformas da previdência e trabalhista

A diretoria colegiada da Feteerj se reuniu dia 27/01 e decidiu pela participação na paralisação nacional da educação, no dia 15 de março

A Feteerj, por meio de seus sindicatos filiados, convoca todos os professores e professoras que atuam em estabelecimentos particulares de ensino a aderir à paralisação nacional da categoria no dia 15 de março.

A paralisação dos professores dos estabelecimentos privados de ensino do dia 15/03 será em nível nacional, em conjunto com os professores da rede pública, que irão deflagrar uma greve geral da educação a partir exatamente desse dia.

A paralisação reforça a decisão da nossa Confederação, a Contee, de convocar todas as federações e sindicatos a participarem do movimento.

Esta paralisação de 24 horas da categoria que trabalha em estabelecimentos de ensino particulares é um protesto contra as Reformas da Previdência e Trabalhista que o governo federal quer impor ao povo brasileiro, ainda no 1º semestre de 2017, com a retirada de direitos e conquistas de todos os trabalhadores.

A decisão pela participação na paralisação foi tomada na reunião ordinária da Federação realizada dia 27/01, no Rio de Janeiro (foto).

Temer quer fazer a reforma com a alegação de que a previdência social é deficitária, o que não é verdade. Cabe ao governo fiscalizar os empregadores a cumprirem as regras e não burlarem a legislação, arrecadando o dinheiro necessário à manutenção da Previdência Social.

Companheiros e companheiras, não podemos nos iludir: centenas de bilhões de reais/ano estão envolvidos nessa tramoia que é a dita reforma – a intenção do governo de Temer é a de transferir a maior parte da gestão da previdência para o setor privado, enriquecendo ainda mais a burguesia brasileira e até internacional.

Tudo isso, dentro da concepção neoliberal, menina dos olhos do governo Temer, que, sem o mínimo de fiscalização ou controle, quer mudar, sem discussão, o maior sistema previdenciário do mundo, construído a duras penas pelo povo brasileiro.

A proposta de Temer não significa uma “reforma” da Previdência e sim o fim da aposentadoria, especialmente para os trabalhadores menos qualificados, que entram no mercado de trabalho mais cedo, sem carteira assinada, passam vários períodos desempregados ou subempregados; será o fim da previdência para as mulheres e os trabalhadores rurais.

Principais ataques aos nossos direitos, por meio da proposta de Reforma da Previdência:

1) Fim da aposentadoria especial para o professor;

2) Aposentadoria por idade para todos, aos 65 anos;

3) 25 anos de contribuição;

4) Com isso, para ter direito ao benefício integral serão precisos 49 anos de contribuição;

5) Aumento da idade de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 65 anos para 70 anos.

Previdência não é deficitária

É claro que a crise econômica, que derrubou a arrecadação, e o desemprego de mais de 13 milhões de trabalhadores pode ter contribuído para o resultado negativo da Previdência em 2016. Porém, nem o governo nem a mídia dizem que os técnicos manipulam os números da Previdência, incluindo na conta itens fundamentais para o saldo negativo, como:

1) Diminuem contabilmente a arrecadação da seguridade porque não considera a retirada de recursos decorrentes dos efeitos da DRU – Desvinculação de Receitas da União;

2) Desconsideram as renúncias tributárias, que impactam na arrecadação da Seguridade;

3) Desconsideram as fontes de recursos criadas pela Constituição – Contribuição para o financiamento da Seguridade Social (CONFINS) e a Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) – para financiar a Seguridade Social que abrange, além da aposentadoria, as áreas da Saúde e Assistência Social;

4) Desconsideram a enorme sonegação;

Assim, ao invés de reformar os benefícios, excluindo ou restringindo o acesso à aposentadoria e, principalmente, tentando enganar a população manipulando as contas, o governo deveria reduzir esse número absurdo de renúncias, criar instrumentos para cobrar, de fato, os devedores da Previdência Social, combater a sonegação e retomar urgentemente o crescimento econômico com a geração de emprego e renda.

Reforma trabalhista de Temer quer acabar com a CLT

No dia 15 de março, os professores das escolas particulares vão paralisar as atividades para protestar também contra a Reforma Trabalhista que Temer que impor. Essa reforma é muito grave e vai retirar direitos históricos da classe trabalhadora. Veja como:

1) A reforma trabalhista desmonta a CLT, a legislação que regulamenta e protege os direitos dos trabalhadores brasileiros (carteira assinada, férias remuneradas, descanso semanal remunerado, salário mínimo, entre outras) há mais de 80 anos;

2) Implanta a terceirização total do trabalho nas atividades fins – hoje, ela é permitida apenas nos setores de uma determinada empresa apenas nas atividades meios, tais como limpeza ou segurança;

3) Acaba com a política de reajuste do salário mínimo com índices acima da inflação;

4) Quer impor uma reforma sindical, tentando fragilizar as entidades representativas dos trabalhadores.

Pontapé inicial da campanha salarial 2017

Na paralisação do dia 15 de março vamos dar o pontapé inicial da luta por negociações coletivas em 2017 que garantam a recuperação das perdas salariais e contra qualquer retrocesso que signifique perdas de direitos dos professores.

Em 2017, devido à conjuntura política e econômica extremamente contrária aos interesses dos trabalhadores, necessitaremos de uma grande mobilização dos professores, em todas as regiões e níveis de ensino.

A situação da área da educação é especialmente difícil. Todos sabem que o ensino em nosso país vem sofrendo uma verdadeira “blitz” dos ditos “grupos educacionais”, que vêm comprando escolas tradicionais. Através da oferta de um ensino pasteurizado, e a exploração do trabalho docente, a escola privada em nosso país, mais que nunca, está virando mercadoria e o professor, infelizmente, está incluído nessa fórmula sinistra de mais trabalho e menos salario.

Esse governo, que tomou o poder por meio de um golpe político-parlamentar, não tem interesse em investir na educação pública. Daí a medida provisória de Reforma do ensino médio – na verdade, uma MP que acena para os grupos empresariais tomarem conta do ensino básico público. Ou seja, o professor que tradicionalmente tenta se manter nos dois sistemas de ensino e tentar conseguir um salário digno, agora se vê, como nunca, acossado pelos dois lados. É bom lembrar que, devido à atual crise do governo estadual, que atinge por extensão outros municípios, a situação no Rio de Janeiro se apresenta como a mais grave do país.

Dessa forma, a Feteerj e Sindicatos filiados conclamam a categoria dos professores a lutar!

O momento é de resistência contra a perda de nossos direitos mais básicos – por isso convocamos os professores e professoras dos estabelecimentos privados de ensino a aderirem à paralisação nacional da educação, dia 15 de março.

Consideramos que todos os trabalhadores têm que se unir no combate ao governo ilegítimo de Michel Temer, pois não há outro caminho para os trabalhadores brasileiros e suas entidades representativas, que não o da unidade, resistência e luta.

Em 15 de Março a escola particular vai parar!

Nenhum direito a menos!

A lei determina que os professores têm direito a férias em janeiro – e o mês não acabou!

A lei determina que os professores têm direito a férias em janeiro – e o mês não acabou!

Desde 2012 está valendo a lei nº 6.158, que estabelece o Calendário Único para a rede de ensino do estado do Rio de janeiro, definindo janeiro como o mês de férias escolares simultâneas em todo o sistema de ensino, nas redes privada e pública.

A unificação das férias escolares atende a uma reivindicação histórica dos professores, representando um aumento significativo para a qualidade de vida da categoria.

Isso porque muitos professores trabalham em mais de uma escola, entre rede pública e privada, e com a diversidade de calendários não conseguiam tirar férias integrais, prejudicando inclusiva a saúde desses profissionais.

Além disso, os pais que possuem filhos estudando em escolas diferentes também terão a garantia de um período no ano onde podem tirar férias em família, sem se preocupar com o calendário elaborado por cada escola.

Mas a lei para ser aplicada depende da fiscalização dos professores, que devem denunciar ao Sindicato possíveis descumprimentos na elaboração do calendário escolar no seu local de trabalho; como, por exemplo, a volta ao trabalho antes do término do período oficial de férias. Se isso estiver acontecendo, não se intimide e contate o Sindicato de sua região  – veja a melhor forma de contato com o Sinpro de sua região clicando aqui.  

A seguir, conheça a lei nº 6.159/2012, Lei das férias em janeiro:

EMENTA: ACRESCENTA O INCISO XI AO ARTIGO 19 DA LEI Nº 4.528, DE 28 DE MARÇO DE 2005, QUE ESTABELECE AS DIRETRIZES PARA A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE ENSINO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, REGULAMENTANDO AS FÉRIAS ESCOLARES NO SISTEMA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO.
Autor(es): Deputado COMTE BITTENCOURT, GILBERTO PALMARES, ROBSON LEITE
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESOLVE:
Art. 1º – Acrescenta-se o inciso XI ao artigo 19 da Lei nº 4.528, de 28 de Março de 2005, que estabelece as diretrizes para a organização do Sistema de Ensino do Estado do Rio de Janeiro, que terá a seguinte redação:
“ Art. 19 – ( … )
XI – a simultaneidade e a integralidade do mês de Janeiro, anualmente, para as férias escolares.
Parágrafo Único – O disposto no inciso XI do artigo 19 desta Lei poderá ser alterado quando houver interrupção ou suspensão por períodos longos das atividades escolares, que comprometam o cumprimento do calendário letivo.
Art. 2º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 27 de Abril de 2011.
COMTE BITTENCOURT GILBERTO PALMARES ROBSON LEITE
Deputado Estadual Deputado Estadual Deputado Estadual

CUT lamenta morte de ministro do STF e pede investigação séria

A CUT soltou nota a respeito da morte do ministro do STF Teori Zavascki, vitimado em um acidente de avião na região de Paraty.

Divulgamos aqui a nota da Central, cujo teor – com a exigência de uma investigação célere e transparente, com a participação de observadores da sociedade civil e do exterior – endossamos:

DO SITE DA CUT: A Central Única dos Trabalhadores manifesta seu pesar pela morte de Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal, e dos demais ocupantes da aeronave que caiu nesta quinta-feira em Paraty, e sua solidariedade aos familiares, amigos e ao Judiciário brasileiro como um todo.

Pela importância e o papel que cabia a Zavascki neste momento da história nacional, somamo-nos àqueles que exigem que a investigação sobre as razões da queda do avião seja feita de forma transparente, célere, responsável e com a participação de observadores indicados pela sociedade civil brasileira e internacional.

Esperamos que a tragédia seja tratada com o respeito e seriedade que a Nação merece e exige.

Central Única dos Trabalhadores

Leia mais: Sem Zavascki, novo relator da Lava Jato poderá ser indicado por Temer

Nessa quinta (19) tem ato em defesa da UERJ

Nessa quinta-feira, dia 19/01, às 15h, a UERJ será abraçada pela comunidade acadêmica e cidadãos preocupados com o abandono em que a universidade se encontra pelo governo do estado. A concentração será em frente à Editora, na entrada principal do Campus Maracanã.

O ato foi idealizado, inicialmente, por professores da UFRJ, apoiado por outras importantes parceiras como a FIOCRUZ e agora foi acolhido por toda a comunidade interna.

Os organizadores pedem que os participante venham de azul, que é a cor da UERJ!

Por conta da grave crise da instituição, o início do ano letivo foi transferido dessa semana para o dia 23/01. Os salários dos servidores estão atrasados (não foram pagos dezembro e o 13º e o salário de novembro só terminou de ser pago ontem), os aportes do governo não estão sendo realizados, com isso todos os serviços de manutenção estão paralisados, e as bolsas dos professores e alunos também não estão sendo pagas.

A UERJ exige:

– Recomposição orçamentária já!

– Pagamentos de bolsas e salários já!

– UERJ pública, gratuita e de qualidade hoje e sempre!

E não deixe de assinar a petição eletrônica em defesa da UERJ.

Um apoio importante foi dado pela Associação Nacional de História-RJ (ANPUH-RJ), que divulgou uma nota e participará do ato do dia 19 – eis a nota:

“A Direção da ANPUH-RJ manifesta a sua profunda preocupação com a situação de penúria e falta de perspectivas em que se encontra a nossa Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), abandonada que foi pelos últimos governos do Estado.

“Exigimos que o governo estadual envide esforços para superar essa profunda crise na universidade e que a solução passe necessariamente pela sua manutenção como instituição pública e gratuita.

“Conclamamos ainda a todos os cidadãos desse Estado a se mobilizar politicamente para salvar essa importante instituição pública de nosso Estado do Rio de Janeiro.

“Diretoria da Anpuh-Rio.”

CNTE: Congresso reúne trabalhadores em educação de todo o país em Brasília

CNTE: Congresso reúne trabalhadores em educação de todo o país em Brasília

DO SITE DA CNTE (09/01): Cerca de 2.500 representantes da Educação do Brasil e de diversos países estarão reunidos de quarta-feira (11) até domingo (15), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília-DF, para o 33º Congresso Nacional da CNTE.

Para o presidente da CNTE, Roberto Leão, o Congresso será um momento muito enriquecedor. “Essa troca de experiências entre profissionais de todo o mundo, nos dará mais subsídios para juntos continuarmos na luta por uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade”.

“Paulo Freire: Educação Pública, Democracia e Resistência” esse é o tema do Congresso, que tem como objetivo discutir e avaliar os rumos, avanços e retrocessos da legislação e eleger a nova diretoria da Confederação para a gestão 2017-2020.

Dentre os assuntos que serão destaques no encontro estão: as conjunturas internacional e nacional, as políticas educacional e sindical, o balanço político, as políticas permanentes e o plano de lutas da categoria.

Seminário Internacional

No primeiro dia de programação (11/1), será promovido um Seminário Internacional, com a presença de representantes de diversos países, como Argentina, Paraguai, Uruguai, Portugal, Angola, Suécia, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Noruega, Haiti e Canadá, além do movimento social brasileiro.

As organizações convidadas irão exibir trabalhos relacionados aos desafios educacionais de seus países, projetos dos movimentos sindicais envolvidos com o tema e ainda apresentar um panorama geral do assunto em suas regiões.

Acesse o hotsite do congresso.

Assine a petição eletrônica em defesa da UERJ – Feteerj apoia o movimento

Vivendo uma crise profunda, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) encontra-se paralisada. Quinta mais importante universidade do país e 11ª da América Latina, a UERJ pede socorro.

Para denunciar a situação, as professoras Monica Lessa e Maria Emília Prado, que trabalham na instituição, escreveram uma carta aberta em defesa da UERJ; essa carta está sendo repassada nas redes sociais, no intuito de recolher assinaturas de apoio. A carta também já está disponível em uma petição eletrônica, que pode ser acessada clicando aqui.

Leia também a carta do Conselho Universitário, alertando que, caso os pagamentos dos salários dos servidores e docentes, além das bolsas de estudos e do custeio não sejam feitos, a UERJ terá que fechar.

A Feteerj apoia e subscreve o documento. Pedimos que todos ajudem a divulgar o documento entre professores, alunos, comunidades acadêmicas e na sociedade de modo geral. A UERJ é um patrimônio e a comunidade engloba mais de 35 mil pessoas.

Mostramos a seguir a carta da professora Mônica Lessa:

AO PODER PÚBLICO ESTADUAL E FEDERAL,

CARTA EM DEFESA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UERJ

Rio de Janeiro, 5 de janeiro de 2017

Nós, servidores da UERJ e demais membros da sociedade civil em seus diversos segmentos, denunciamos, com profunda indignação, a dramática situação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e solicitamos ao poder público que assuma o compromisso com o pleno funcionamento da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

A UERJ é a 5ª melhor Universidade do Brasil e a 11ª da América Latina, de acordo com o ranking “Best Global Universities 2016”, aferido com base em indicadores que mensuram a performance nas áreas de pesquisa acadêmica, número de docentes premiados e reputação regional e global.

Patrimônio científico e cultural do Rio de Janeiro, a UERJ firmou sua existência ao longo de 64 anos com avanços e inovações científico-acadêmicas que resultaram em 33 cursos de graduação, 54 de mestrado, 42 de doutorado, 142 de especialização, 623 projetos de extensão, intercâmbios e parcerias internacionais, e dois centros médicos de atendimento e pesquisa: Hospital Universitário Pedro Ernesto e Policlínica Piquet Carneiro – ambos com reconhecidas expertises em vários domínios das ciências médicas. Além do Colégio de Aplicação, que atende a estudantes nos níveis fundamental e médio.

Essas conquistas acadêmicas resultam do esforço conjunto de todos os segmentos da Universidade. Dentre esses esforços, destaque-se o programa Prociência, que permitiu à UERJ alcançar os atuais níveis de excelência. A UERJ é também pioneira em sua missão social ao ser precursora na implantação do sistema de cotas.

Somente em 2013, todavia, foi instituído, e de forma incompleta, o regime de dedicação exclusiva, existente há muito nas Universidades Federais. Além disso, há que se destacar a intolerável defasagem salarial frente à remuneração das Universidades Federais, resultado de 14 anos sem reajuste linear.

Neste momento, a UERJ enfrenta uma crise profunda e sem precedentes, agravada desde o final de 2015, quando o governo do Estado do Rio de Janeiro passou a submeter a Universidade a um progressivo abandono, um verdadeiro processo de sucateamento. A degradação tornou-se pública em fins de 2016, com a propalada falência do estado do Rio de Janeiro, que resultou na falta de pagamento do custeio da Universidade e dos salários de seus servidores. Submetida a condições inaceitáveis, a UERJ encontra-se paralisada.

Conclamamos, portanto, o poder público, em suas diferentes esferas – estadual e federal -, a assumir sua responsabilidade pelo destino de 2.977 docentes altamente qualificados, 4.519 funcionários técnico-administrativos especializados e 32.220 estudantes, desta que é a 5ª melhor Universidade do Brasil.

Carta escrita pelas professoras Mônica Lessa e Maria Emília Orado (UERJ)

Obs.: As assinaturas estão sendo recolhidas pelo email: [email protected] – enviar nome completo e filiação institucional.

Vagner Freitas : ‘Reforma da Previdência é pior do que confisco da poupança feito por Collor’

Apresentada em dezembro pelo governo, a PEC 287 contraria especialistas e centrais sindicais. A fixação de uma idade mínima única, por exemplo, significa ignorar desigualdades.

SITE REDE BRASIL ATUAL (04/01): Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, enviada ao Congresso em dezembro pelo presidente Michel Temer com objetivo de reformar a Previdência Social no país, é mais uma tentativa de desconstrução das garantias sociais previstas na Carta de 1988 – prática que tem pautado de maneira acelerada o governo depois do impeachment de Dilma Rousseff. Submerso nos ditames de um projeto sem respaldo da sociedade – que desde 2002 se recusa a eleger governos com ideias de teor neoliberal –, mas apenas das elites endinheiradas do país, a reforma muda radicalmente a concepção de um sistema que até aqui refletia, ainda que com limitações, os interesses dos trabalhadores e a capacidade de organização de suas categorias. O texto conseguiu o feito de contrariar especialistas em Direito do Trabalho e previdenciário, além de todas as centrais sindicais.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a agenda de Temer está destruindo o Brasil. “É pior do que o confisco da poupança feito por Collor. Não é com arrocho, desemprego e o fim das aposentadorias que o Brasil vai sair da crise. Isso só contribui para aumentar a pobreza, a violência e fazer o país andar para trás”, afirma. “A classe trabalhadora vai aos poucos se conscientizando dos prejuízos causados por esse governo e, com certeza, se organizar e mobilizar cada vez mais para reverter essa situação”, diz, referindo-se a uma pesquisa feita pelo Instituto Vox Populi a pedido da central, que revela a crescente desaprovação do governo pelos brasileiros – e que 87% rejeitam a reforma da Previdência.
Segundo o coordenador do Dieese Fausto Augusto Júnior, a ideia é “absurda” e faz parte de um processo de desconstrução do sistema previdenciário. “De um ponto de vista bem objetivo, estamos falando que vamos deixar em torno de 70% da população fora do sistema previdenciário. Mais grave do que isso é que é uma proposta para a desconstrução do setor da Previdência pública no Brasil”, afirmou Fausto, em entrevista ao Seu Jornal, da TVT.

Na semana que a PEC foi apresentada, os metalúrgicos do ABC paulista promoveram um grande protesto, que reuniu mais de 12 mil pessoas na Via Anchieta, que liga São Paulo ao litoral sul, dando uma indicação de que se inicia um período de resistência. “Com essa proposta não tem discussão, tem luta. Não vai ter arrego e a nossa proposta é que o Michel Temer retire o texto”, afirmou o presidente do sindicato da categoria, Rafael Marques. “O caminho é ocupar as ruas.”

Aprovada a toque de caixa pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara na madrugada de 15 de dezembro – foram 31 votos a favor e 20 contra –, a 287 aguarda a formação de uma comissão especial na Casa, o que deve ocorrer em fevereiro, depois da eleição da mesa diretora.

Dias depois da apresentação da PEC, no início de dezembro, várias centrais sindicais se reuniram na sede do Dieese­, em São Paulo, para avaliar a proposta governista, que foi criticada por todas as entidades. “Há uma avaliação preliminar de um posicionamento contrário ao projeto, que afeta em muitas dimensões a vida do trabalhador”, afirmou o diretor técnico do instituto, Clemente Ganz Lúcio.

Ainda em outubro, o Dieese havia divulgado um documento com propostas do movimento sindical, enfatizando a necessidade de diálogo para implementar mudanças. “As sugestões mostram que é possível pensar em sustentabilidade em longo prazo na Previdência, sem passar de imediato pela redução dos direitos de proteção social. O debate sobre a Previdência, no longo prazo, é sempre necessário, mas isso deve ser feito com ampla participação de trabalhadores e as organizações sindicais.”

“Uma reforma tem de ser para melhorar a vida dos brasileiros”, afirma o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, chamando de “perversa” a proposta do governo e dizendo que o país caminha para a selvageria. “A CUT há algum tempo já vem falando que esse tema tem de ser debatido de forma ampla na sociedade brasileira. Queremos uma Previdência que proteja os trabalhadores.” O secretário de Previdência da CTB, Pascoal Carneiro, acrescenta que a intenção do governo é “privatizar o sistema público e acabar com o capítulo da Constituição que trata de seguridade social”.

Aliado do governo, o presidente da Força Sindical e do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, observou que o projeto tem uma série de irregularidades. “Provavelmente, a grande maioria do povo brasileiro vai morrer antes. Também não aceitamos a desvinculação do salário mínimo das pensões”, acrescenta.

Tão importante quanto a adoção de 65 anos de idade mínima para a aposentadoria, um dos pontos centrais do projeto de Temer, é a unificação das regras de acesso e benefício iguais entre trabalhadores, não importando se homens ou mulheres, se urbanos ou rurais, se oriundos do setor privado ou público. Nesse sentido, a economista e professora Rosa Maria Marques, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, estudiosa da Previdência no Brasil, considera a reforma uma profunda mudança, que despreza as especificidades dos trabalhadores e não altera o modelo de financiamento do sistema. “Houve uma clara opção por trabalhar com o fluxo de despesas, muito embora proponha o fim da isenção da contribuição sobre os produtos exportados, o que deve aumentar a arrecadação.”

A professora faz ponderações sobre o chamado “rombo” da Previdência, que segundo o governo pode superar R$ 180 bilhões em 2017. “Esses números são construídos considerando a Previdência Social em si, isto é, suas receitas e despesas. Ocorre que a Previdência Social faz parte da Seguridade Social que, como sabem, é superavitária”, diz Rosa. “Mas essa constatação não implica desconhecer que a população está vivendo mais, de forma que permanece no sistema recebendo aposentadoria por mais tempo. Tal situação demográfica coloca a necessidade de a sociedade brasileira pensar sua sustentabilidade de médio e longo prazo.”

Leia a matéria na íntegra, que contém uma entrevista com a economista e especialista em Previdência, Rosa Marques.

Feteerj e Sindicatos filiados apoiam a luta dos servidores estaduais

 

 

A Feteerj e os Sindicatos filiados estão participando das manifestações em apoio aos servidores do estado, especialmente dos aposentados da educação, que estão sem receber salários desde novembro, incluindo o 13º, devido à crise econômica e má gestão dos governantes do PMDB, que estão sendo investigados por corrupção pelo Ministério Público Federal

Nessa terça (27), o Sinpro Baixada apoiou o ato na Praça Roberto da Silveira, em Duque de Caxias, convocado pelo Sepe – a rede municipal de educação daquele município também está sem salários desde novembro. O presidente do Sinpro Baixada e Região, Eduardo Monteiro, entregou doações ao Sepe (foto).

 

 

Já o Sinpro Campos/São João da Barra vai participar de um ato na região.

Os Sindicatos de Professores também estão ajudando na arrecadação de doações diversas aos servidores.

As subsedes do Sepe na capital e nos municípios estão recebendo doações – clique aqui para acessar a melhor forma de contato com o Sepe.

As doações também podem ser entregues ao Sindjustica, que afirmou em seu site que nessa terça (27) doará mais 500 cestas básicas aos servidores que estiverem necessitados; as cestas foram feitas a partir de doações em alimentos e dinheiro. As cestas podem ser pegas pelo servidor na sede do SindJustiça, na Travessa do Paço, nº 23, 13° andar, no Centro do Rio de Janeiro. Atenção, o servidor tem que levar o contracheque.

As doações em dinheiro podem ser feitas na conta do Sindjustiça:
Nome da conta: sind-justiça
Banco: bradesco
Agência: 6246
Conta: 80160-7
CNPJ: 30.904.288/0001-90

Leia aqui para saber mais sobre as doações.

Veja o cartão de boas festas da Feteerj

Veja o cartão de boas festas da Feteerj

A Feteerj e os Sindicatos filiados desejam a todos os professores e professoras boas festas e um próspero ano novo!

A seguir, o cartão que a Federação disponibilizou nas redes sociais.

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Sinpro Petrópolis entrega Agenda 2017 às professoras Carmen e Noelma

Sinpro Petrópolis entrega Agenda 2017 às professoras Carmen e Noelma

O presidente do Sinpro Petrópolis e Região, Frederico Luiz Marmo Fadini, e o diretor da entidade, Luiz Alberto Wiechers Grossi, entregaram a Agenda do Professor 2017 às duas professoras que posaram para os perfis da publicação, representando Petrópolis: professoras Carmen Felicetti e Noelma Simões da Costa (fotos a seguir).

A Agenda do Professor 2017 feita pela Feteerj e sindicatos filiados é uma homenagem às mulheres professoras e para isso os sindicatos escolheram as que, em cada município ou região, representassem a categoria e contassem sua história, em um perfil curto, publicado a cada mês do calendário – leia mais.

Professora Noelma Simões da Costa recebe a Agenda do Professor 2017, que vem com o seu perfil, no mês de abril, do presidente do Sinpro Petrópolis e Região, Frederico Luiz Marmo Fadini, e do diretor-procurador da entidade, Luiz Alberto Wiechers Grossi

 

Professora Carmen Felicetti, cujo perfil foi publicado na Agenda do Professor 2017 em dezembro, recebe a publicação do presidente do Sinpro Petrópolis e Região, Frederico Luiz Marmo Fadini