Os professores das instituições privadas de ensino do município do Rio de Janeiro decidiram em assembleia on-line realizada no sábado, dia 3, manter a greve pela vida e contra o retorno às atividades presenciais.
Os profissionais indicaram que o retorno às aulas presenciais somente deve ocorrer com garantia das autoridades da Saúde, com base em rígidos protocolos de segurança. A categoria vai fazer nova assembleia no dia 10 de outubro, às 14 horas para avaliar a situação. Leia a nota do Sinpro Rio, entidade filiada à Feteerj:
Assembleia Virtual Unificada do Sinpro-Rio aprovou a manutenção da greve pela vida:
Pela sexta vez, em três meses, professoras e professores decidem manter a Greve em Defesa da Vida. Não ao retorno das atividades presenciais (nenhuma atividade presencial nas escolas) agora. Manutenção do trabalho com o ensino remoto nos estabelecimentos do setor privado de ensino do Município do Rio de Janeiro, Itaguaí, Paracambi e Seropédica. Retorno somente com garantia das autoridades da Saúde, com base em rígidos protocolos de segurança. Foi aprovada também a realização de uma nova assembleia no dia 10 de outubro, às 14 horas.
Na assembleia, foram dados informes sobre o Fundo Emergencial Solidário, que teve prorrogação do prazo de inscrição para o apoio de professoras e professores demitidos, e sobre o Reame – Rede de Apoio em Saúde Mental para Educadores/as. Foram feitos ainda relatos sobre as ações do setor de Comunicação, atividades do sindicato contra a volta às aulas presenciais, sobre dúvidas apresentadas no Plantão da Diretoria e sobre a Campanha Salarial 2020.
No início da assembleia, antes de mais de duas horas de debate, com 26 professores e professoras se pronunciando, o presidente do Sinpro-Rio, Oswaldo Teles, destacou: “vivemos um momento difícil, luta muito inglória no Rio e no Brasil. Voltar às aulas é colocar em risco as vidas de professoras e professores, estudantes, pais e responsáveis, familiares e toda a sociedade.”
O dirigente lembrou ainda que “nenhum órgão científico apontou que há segurança para a volta ao trabalho. É muito difícil, desumano, a luta entre o capital e o trabalho, como se professoras e professores fossem escravos. Estamos em pandemia. Vivemos uma greve totalmente diferente, pois nos mantemos trabalhando com o ensino remoto e em greve pela vida, contra a volta às aulas presenciais nas escolas.”
É importante que a categoria se mantenha unida e mobilizada na defesa da vida, denunciando ao sindicato toda e qualquer irregularidade praticada pelos donos das escolas particulares!
O Sinpro-Rio convoca toda a categoria a participar da próxima assembleia, no dia 10/09, às 14h, pelo aplicativo Zoom. Mais informações no site do Sinpro Rio.
Comentários