O professor Gustavo Henrique Cornélio (centro) no lançamento do Observatório Nacional contra a Violência às Educadoras/es, na UFF, em dezembro de 2023, ao lado dos diretores da Feteerj: professores Marcio Franco e Oswaldo Teles
A Feteerj vem a público denunciar a perseguição administrativa e política que o professor e servidor público Gustavo Henrique Cornélio vem sofrendo, determinando a sua demissão do Colégio Brigadeiro Newton Braga, localizado na Ilha do Governador.
A escola é gerida pela Força Aérea Brasileira. Gustavo assumiu o cargo de professor regente em 1984. E no governo Bolsonaro, a partir de 2018, por duas vezes foi-lhe imposto o constrangimento de responder a Processos Administrativos Disciplinares (PADs).
Gustavão, como é conhecido entre os colegas, tem mais de 40 anos de magistério e é um reconhecido dirigente sindical: diretor do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro (Sinpro-Rio), entidade filiada à Feteerj, e do SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica).
No primeiro processo, ele foi absolvido e a Justiça Federal suspendeu o segundo procedimento aberto por falta de provas e de elementos básicos para comprovação de qualquer desvio do profissional. Mas no ano passado, o professor Gustavo Cornélio sofreu mais um baque, com terceiro processo aberto contra ele. É este procedimento que culminou na sua demissão, agora, através de uma portaria do Comando do Ministério da Aeronáutica, publicada no dia 15 de fevereiro.
No entendimento da Feteerj e de várias entidades representativas dos educadores, incluindo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o que está ocorrendo é uma perseguição política contra o educador; perseguição idêntica às práticas promovidas no governo Bolsonaro, momento em que foi instaurado o primeiro PAD. Essas práticas não podem ser feitas no governo Lula, eleito com o compromisso de restaurar a democracia em nosso país e dar um basta no autoritarismo.
Inclusive, no final do ano passado, a Feteerj compareceu ao lançamento do Observatório Nacional da Violência Contra os Educadores/as, na UFF, que teve a presença de representantes do MEC e do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Gustavo acompanhou a Federação e, no evento, ele informou sobre as perseguições que vinha sofrendo, recebendo enorme solidariedade de todos.
Dessa forma, a Feteerj se une às demais entidades para reivindicar a revogação imediata da demissão do professor Gustavo Cornélio, com a sua reintegração aos quadros do Colégio Brigadeiro Newton Braga.
Toda solidariedade a Gustavo Henrique Cornélio!
Feteerj
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