Do site do Sinpro-Rio: O Sinpro-Rio recebeu, nessa manhã, e-mail assinado pelo presidente do Ibeu – também enviado aos professores do Instituto – informando que os mesmos, a partir de agora, serão representados pelo SENALBA e não mais pelo Sinpro-Rio. E mais: que perderão o título de PROFESSOR, passando para “educadores”; exatamente como havíamos denunciado em 2015, o que, na ocasião, não ocorreu. Agora, sem qualquer escrúpulo, querem concretizar. Essa manobra é infinitamente mais grave e perigosa para os professores e alunos do que se pode imaginar. Não é uma singela mudança de nomenclatura!
Caso o golpe se concretize, os professores terão diversas consequências impostas pela mudança de função, principalmente para a aposentadoria do INSS. Além disso, terão seus salários reduzidos, pois os pisos dos trabalhadores envolvidos na Convenção Coletiva de Trabalho, assinada pelo Senalba, é de R$ 13,08 por aula; piso este bem inferior aos pisos do Ibeu, que estão na ordem de R$28,29, o menor deles e, de R$61,02, o maior. As cláusulas sociais cairiam por terra! Não haveria mais a estabilidade pré-aposentadoria, as férias em janeiro, o adicional por tempo de serviço, a gratuidade de ensino aos dependentes, auxílio creche, plano de saúde, ticket refeição, dentre outras. Enfim, um conjunto expressivo de conquistas, fruto da luta de muitos que estiveram ou ainda estão no quadro docente do Ibeu.
Já os alunos e as famílias seriam enganados. Não tendo a obrigatoriedade de contratar professores, o Ibeu fará o que a maioria dos cursos livres faz: contratará instrutores ou, como prefere o Ibeu, ”educadores”. Ou seja, pessoas com fluência na língua para dar aulas. Mas qual é a formação profissional dessa pessoa?
E qual a consequência disso? Nós sabemos! Redução na qualidade da educação oferecida, mas mantendo a “marca Ibeu”. Uma enganação! Pagarão menos aos “novos professores”, cobrando os mesmos valores atuais das famílias.
A justificativa dada pelo Ibeu para tal manobra é risível, já que tenta tratar a sociedade e, principalmente, o seu quadro docente, como pessoas desinformadas. Em seu e-mail, o ilustre presidente do Ibeu diz que tal manobra teve de ser adotada por conta de medida judicial. Uma falácia! Nenhuma entidade é obrigada a se filiar a nenhum sindicato. E mesmo se filiando, não justificaria o rompimento das negociações. Mentira descarada! E vão além ao querer colocar a responsabilidade desse golpe no Sinpro-Rio, quando dizem que nós nos recusamos a negociar com o Sindelivre. O Sinpro-Rio, em todos os momentos, deixou claro que não negocia com entidades que NÃO REPRESENTAM PROFESSORES. E alertamos isso ao Ibeu, que tenta, numa medida desesperada, arrumar responsáveis por suas ações totalmente prejudiciais à educação. Ainda assim, o Sinpro-Rio compareceu à reunião no Sindelivre e ouviu do diretor daquele sindicato que o mesmo não negocia com professores.
Em e-mail dirigido aos professores, datado de 30 de maio de 2016, a superintendente geral diz textualmente: “em nenhum momento, os representantes do Ibeu mencionaram ao Sinpro-Rio a criação da nomenclatura instrutor…”. Dessa forma só podemos concluir que a máscara caiu! Não suportaram as denúncias, feitas pelo sindicato nas portas das filiais, do que tramavam nos bastidores e resolveram anunciar a tentativa do golpe. O Sinpro-Rio usará todas as formas possíveis (políticas e jurídicas) para barrar essa tentativa de golpe aos professores, alunos e à Educação.
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