Nota da Feteerj e dos Sindicatos Filiados sobre a eleição 2018 – a democracia necessita do nosso voto e do nosso empenho

out 1, 2018

Ato do Sinpro-Rio, em 2017, contra a reforma trabalhista de Temer

 

A Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro (Feteerj) e os Sindicatos de Professores (Sinpro) filiados – entidades que representam as professoras e professores das escolas particulares – pedem que a categoria analise, com profundidade, os candidatos às eleições gerais do dia 7 de outubro.

Em primeiro lugar, não podemos votar nos deputados federais e senadores que aprovaram as leis contrárias aos trabalhadores: a reforma trabalhista, o contrato intermitente de trabalho e a terceirização total da economia, leis que vêm acabando com os nossos empregos e precarizando ainda mais as relações de trabalho nas escolas. Importante: todos os candidatos a presidente que defendem essas leis também não podem ter o nosso voto.

Em segundo lugar, não vamos votar nos candidatos que apoiam a proposta de reforma da Previdência de Temer, cujo objetivo final é acabar com a própria previdência pública.

Em terceiro lugar, não vamos votar nos candidatos, em todos os níveis, que apoiaram o golpe que depôs a presidente Dilma em 2016, democraticamente eleita pela maioria do eleitorado, em 2014. O impeachment de Dilma teve como “razão” um falso crime de responsabilidade administrativa, as tais “pedaladas”, que o próprio atual presidente e diversos governadores já usaram e nada ocorreu. Além disso, reparem que o golpe abriu espaço para que o atual Congresso aprovasse a reforma trabalhista.

Também não vamos eleger os candidatos que apoiaram a reforma do ensino médio e a Base Nacional Curricular Comum, ambas aprovadas pelo Ministério da Educação às pressas, apenas para satisfazer os interesses financeiros dos grandes grupos econômicos que hoje controlam o ensino privado no País e pressionam pela privatização total da educação.

Orientamos, além disso, que as professoras e professores não votem em candidatos à Presidência que pregam o fascismo, o ódio político e de gênero, o sexismo e a misoginia, a derrubada da Constituição, o fim da previdência social, a privatização das estatais e não reconheçam a eventual derrota nas urnas – não podemos votar em candidatos que pregam o fim do sistema democrático e de bem estar social contidos em nossa Constituição (Educação e Saúde públicas, Previdência Social e direito ao emprego, com regras que protegem o trabalhador).

Os educadores do estado do Rio têm que discutir com a sociedade sobre a necessidade de elegermos candidatos compromissados com o estado democrático de Direito, com a Educação de qualidade e com a existência de leis que garantam relações trabalhistas dignas para o magistério e trabalhadores em geral.

Bom voto!

Clique aqui e veja os deputados do Rio que votaram a favor da reforma trabalhista, do contrato intermitente de trabalho e da terceirização total da economia. Eles não merecem nosso voto!