A Feteerj e os Sindicatos dos Professores (Sinpros) filiados prestam total solidariedade aos professores e professoras que trabalham nas instituições privadas de ensino do município do Rio de Janeiro, representados pelo Sinpro Rio, entidade filiada à nossa federação, contra a permissão de reabertura das atividades presenciais em plena pandemia do coronavírus, prevista pela prefeitura para 3 de agosto.
A volta das atividades presenciais se dá sem qualquer base científica e contra a recomendação da Fiocruz, universidades públicas e Conselho Municipal de Saúde-RJ.
É inaceitável que os professores(as) das instituições privadas de ensino sejam tratados como verdadeiras cobaias, voltando antes às aulas presenciais, em um estratagema perverso de “testagem” assumido pelo próprio prefeito Crivella à imprensa (O Globo, 22/07). No entanto, lembramos que estamos falando das vidas de nossos estudantes, professoras, professores, demais funcionários, pais e responsáveis.
Não à toa o Sinpro-Rio chama a mobilização de “Greve em Defesa da Vida” – haverá assembleia on-line dia 1º de agosto, às 14h, com indicativo de greve.
Com isso, a Feteerj e os demais Sindicatos dos Professores de todo o estado se solidarizam com a categoria do município do Rio de Janeiro. Não é hora de reabrir as escolas!
Leia a nota do Sinpro Rio:
AOS PROFESSORES E PROFESSORAS DAS ESCOLAS PARTICULARES E À SOCIEDADE CARIOCA
Após o anúncio feito pela prefeitura no dia de ontem, dia 20/7, que as escolas particulares poderiam retornar às aulas no dia 3 de agosto, de maneira “VOLUNTÁRIA”, como se os patrões fossem seguir essa regra, o Sinpro-Rio foi convidado pela prefeitura para uma reunião no dia de hoje, 21/7.
Ouvimos da equipe da Vigilância Sanitária que o retorno seria, num primeiro momento, para as turmas dos 4°, 5°, 8° e 9° anos do Ensino Fundamental. O Sinpro-Rio ouviu a proposta, questionou se os protocolos de retorno teriam testagem da comunidade escolar e sobre o caráter do retorno facultativo para professores. A prefeitura informou que não há testagem no protocolo de retorno para o início das atividades presenciais e não informou com clareza sobre as garantias trabalhistas para o retorno voluntário.
O Sinpro-Rio afirmou na reunião que não é hora do retorno às aulas presenciais nas escolas. Entendemos que o retorno, agora, é totalmente prematuro. Nossa posição se apoia na ciência, principalmente, nos Estudos Científicos da Fiocruz (link disponível no fim desta notícia) e outros órgãos de saúde.
Continuamos com as aulas remotas, mais trabalhosas e estafantes que as presenciais, para não arriscar as vidas das crianças, adolescentes e jovens, além das nossas próprias vidas e as das famílias das comunidades escolares.
A Greve pela Vida continua!
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