RIO DE JANEIRO É O ESTADO QUE MAIS SOFRERÁ IMPACTO COM PRIVATIZAÇÕES EM MASSA

ago 21, 2019

Nesta quarta-feira, dia 21, Paulo Guedes, ministro da Economia do governo Bolsonaro, anunciou a privatização de 17 estatais, incluindo os Correios, Eletrobras, Casa da Moeda e Telebras. O governo se aproveita da crise fiscal e, ao invés de combatê-la com mais investimentos para criar empregos na iniciativa privada, além de convocar concursos públicos, prefere vender as estatais a preço de banana.

E adivinhem qual o estado que mais sofrerá com essa privatização de estatais e consequente esvaziamento das empresas? O Rio de Janeiro, sua capital, que concentra boa parte de sedes de estatais. São elas:

Emgea (Empresa Gestora de Ativos);

ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias);

Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados);

Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social);

Casa da Moeda;

Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo);

Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais);

CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos);

Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.);

Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo);

EBC (Empresa Brasil de Comunicação);

Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada);

Telebras

Correios

Eletrobras

Lotex (Loteria Instantânea Exclusiva);

Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo).

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) alerta que, com essa tentativa de privatização nunca vista em nossa história, entraremos em um período que será de intensas lutas. As privatizações tem que passar pelo Congresso, pois o STF impede a privatização direta pelo Executivo. Assim, as empresas devem entrar em processo de parcerias antes dos trâmites ocorrerem no congresso. O que vai ditar se o governo conseguirá ou não seu objetivo de vender nossas riquezas em pacotes é a resistência da sociedade e em especial dos trabalhadores de cada categoria.

O momento é propício à unicidade da luta que vem sendo acumulada com os atos deste ano, já que de uma só vez o governo mira em diversas categorias espalhadas por todo o Brasil. No Rio de Janeiro, a primeira a ser citada por Paulo Guedes é a Eletrobrás, seguida de Casa da Moeda, EBC e Casa da Moeda, mas já há citações de que empresas ainda maiores podem estar na próxima lista.

Cabe aos trabalhadores do Rio de Janeiro a tarefa de se organizarem de maneira única para barrar esses retrocessos. A Feteerj e os Sindicatos dos Professores que atuam nas instituições privadas de ensino convocam a categoria a participar dos embates contra a privatização e também contra a reforma da previdência, agora no Senado.

Nos dias 4 e 5 de setembro acontecerá, em Brasília, um seminário de lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Soberania, que visa criar uma grande coalizão de deputados para deter as medidas no congresso. Já temos definido o dia 3 de outubro, assim como nos últimos dois anos, como a data de defesa da soberania. O local escolhido para os atos foi o Rio de Janeiro, uma vez que a cidade é sede de empresas como Petrobrás, Eletrobrás, Casa da Moeda, Furnas e dentre outras.

Também neste seminário será definida uma agenda de lutas para o período afim de mobilizar o campo progressista para os desafios únicos desse momento. Juntamente com a Reforma da Previdência e a luta pela Educação, o tema da soberania deve ser central nos próximos meses.