A Feteerj e os Sindicatos filiados repudiam a intenção do governo federal de pressionar o estado do Rio a privatizar a UERJ, como uma “contrapartida” ao acordo fiscal assinado nessa terça, dia 05.
No entanto, a Constituição Federal é muito clara: o estado tem que oferecer um ensino público e gratuito.
A UERJ congrega 3 mil docentes altamente qualificados, 4.519 funcionários técnico-administrativos especializados e 32 mil estudantes.
Esses números representam toda uma produção intelectual fundamental para manter nosso estado na corrida tecnológica e cultural em nosso país e no exterior. Não à toa, mesmo com todos os percalços, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro é a 5ª melhor Universidade do Brasil.
Já imaginaram se a UERJ, a UEZO e a UENF forem privatizadas, como indicou ontem o ministro banqueiro, Henrique Meireles? Por acaso alguém acredita que os “nossos” empresários substituirão o estado na manutenção dessas universidades?
Entregar à “mão do mercado” nossas universidades públicas estaduais significa, em curto prazo, acabar com a maioria esmagadora dos cursos e abdicar, em todos os sentidos, de enorme produção intelectual.
Conheçam um dado: o dinheiro apreendido nessa terça (05) no bunker de Geddel (R$ 50 milhões) daria para pagar um ano de custeio da UERJ, incluindo aí o Hospital Pedro Ernesto.
Outro dado: 80% do ensino superior em nosso país estão nas mãos da iniciativa privada. Por outro lado, a produção intelectual e pesquisas estão praticamente toda com as universidades públicas – essa concentração não é encontrada nos demais países da América Latina.
Que país é este que está sendo construído em cima do lucro, contra a pesquisa, contra os mecanismos de construção do pensamento – as universidades públicas – e contra a cidadania?
Não seremos coniventes com o crime da privatização do ensino público!
Dessa forma, defendemos que a Universidade Estadual do Rio de Janeiro e as demais universidades estaduais tenham condições plenas de funcionamento.
Feteerj e Sindicatos filiados
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