TODO APOIO À LUTA ANTIRRACISTA DE VINI JÚNIOR

maio 24, 2023

As direções da Feteerj e dos Sindicatos dos Professores (Sinpros) filiados à Federação assistiram, revoltadas, o gravíssimo ato racista de parte da torcida do Valência, time de futebol espanhol, contra o jogador brasileiro Vinicius Júnior, no domingo, dia 21 de maio.

Mais revoltados ficamos ao saber que as autoridades esportivas, policiais e judiciais espanholas, em um primeiro momento, nada fizeram – pior: o presidente da liga de futebol e parte da mídia tentaram diminuir a gravidade do episódio e, em uma tentativa absurda e também racista, tentaram culpar o próprio atleta pelo o que aconteceu no estádio.

Mas a pronta e corajosa resposta de Vinicius, a reação mundial de solidariedade ao jogador e também a reação forte do governo Lula, que chamou o embaixador espanhol para pedir explicações sobre as agressões a um brasileiro naquele país; além de o ministro de Justiça, Flavio Dino, ter anunciado que poderia acionar leis internacionais contra a Espanha e seus governantes; tudo isso, sem dúvida, fez com que, a partir da terça-feira, dia 23, as autoridades espanholas tomassem uma atitude mais forte. Com isso, já foram presos sete pessoas envolvidas em crimes de ódio contra o jogador brasileiro. A liga espanhola também puniu o time em questão e a arbitragem da partida, que agiu de maneira pusilânime. Além disso, o próprio presidente da Liga, hoje, pediu desculpas pelos absurdos que proferiu contra o jogador.

Infelizmente, é muito comum na Europa e em especial na liga de futebol espanhola atos racistas contra jogadores não europeus. Esperemos que a atitude de Vini Jr. faça com que essa “naturalização” desses crimes seja revista naquele continente e não só no meio esportivo.

Em nosso País também convivemos com episódios nos estádios, no dia a dia do povo e até no parlamento que, de modo geral, não recebem a reação que mereciam. Em exemplos recentes, na semana passada, um deputado federal e apoiador do ex-presidente Bolsonaro elogiou, no plenário, a participação de seu avô em uma unidade SS do exército nazista, na 2ª Guerra – uma unidade militar criada na Ucrânia, com uma enorme lista de crimes de guerra; um outro senador, também de extrema direita, foi ao plenário para dizer que a repercussão sobre o que aconteceu a Vini era “exagerada”.

A Feteerj e os Sinpros não aceitam tais atitudes de qualquer que seja a pessoa. Esses parlamentares têm que sofrer a punição prevista em lei. Racismo e propaganda pró-nazismo são crimes no Brasil.

Nos solidarizamos com Vinicius Júnior, aplaudimos sua coragem e reafirmamos que a Federação e os Sindicatos dos Professores estão na linha de frente contra o racismo, pois, ao contrário do que muitos falam, o racismo existe e mata.

Direção da Feteerj e dos Sinpros