Petroleiros na luta contra a política de preços dos combustíveis

jun 1, 2018

Petroleiros prometem denunciar violação dos direitos sindicais e reafirmam em nota: “o representante da Shell que o mercado colocou no Conselho de Administração da empresa já caiu. O próximo será Pedro Parente”

 

 

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que a categoria saiu “de cabeça erguida pelo sucesso do primeiro dia de greve que marcou a sociedade pela defesa da soberania e contra a privatização da Petrobrás”. A FUP, na quinta-feira, dia 31, orientou seus sindicatos a suspenderem a greve, momentaneamente, e reafirmou que a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) contra o movimento foi claramente para criminalizar e inviabilizar os sindicatos.

As multas diárias do TST contra a greve de R$ 500 mil saltaram para R$ 2 milhões, acrescidas da criminalização do movimento. O tribunal cobrou da Polícia Federal investigação das entidades sindicais e dos trabalhadores, em caso de desobediência. Essa multa abusiva e extorsiva jamais seria aplicada contra os empresários que submetem o país a locautes para se beneficiarem política e economicamente. Jamais seria imposta aos empresários que entregam patrimônios públicos, aos que destroem empregos e violam direitos dos trabalhadores, denunciam os petroleiros.

 

PETROLEIROS NÃO SE INTIMIDAM COM DECISÃO DO TST E MANTÊM GREVE

A categoria deve decretar greve por tempo indeterminado a partir de junho, porque querem uma nova política de preços para os combustíveis e gás de cozinha e a saída de Pedro Parente da presidência da estatal.

Para os petroleiros, a paralisação dos caminhoneiros jogou luz sobre a política de preços adotada pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente. Por isso, uma das reivindicações da categoria é justamente a sua demissão.

A FUP lembra que o representante da Shell que o mercado colocou no Conselho de Administração da empresa já caiu. O próximo será Pedro Parente” – leia mais: Conselheiro da Shell na Petrobras renuncia após pressão dos trabalhadores.

 

PEDRO PARENTE AFRONTA O POVO E AUMENTA DE NOVO A GASOLINA

Em meio ao caos que sua política de preços de derivados causou ao país, o presidente da Petrobrás, Pedro Parente, volta a afrontar a sociedade e aumenta de novo a gasolina. A partir da quinta-feira (31), o preço nas refinarias subirá 0,74% e passará a ser de R$ 1,9671 por litro. Só neste mês de maio, o preço do combustível nas refinarias já acumula alta de 9,42%. Desde que Parente impôs uma política de preços alinhada ao mercado internacional, a Petrobrás já reajustou mais de 200 vezes os preços dos derivados nas refinarias.

Leia também: Professores de economia da UFRJ criticam política de preço da Petrobras.