Nessa quinta-feira (dia 6), 27 moradores da Favela do Jacarezinho, Zona Norte da capital do Rio de Janeiro, foram mortos em uma operação policial.
A operação, que também causou a morte de um agente da polícia, pode ter causado ainda mais óbitos, pois existem vários feridos (de fato, no anoitecer dessa sexta-feira, dia 7, o número saltou de 24 moradores mortos para 27, mais o policia).
É estarrecedor e uma contradição em termos que o governo do estado do Rio de Janeiro venha a público dizer, oficialmente, que a operação foi “pautada por um trabalho de inteligência”.
Mas que “trabalho de inteligência” é esse que causa tantos mortos?
A imprensa já chama o episódio de a maior chacina policial da história de nosso estado.
Pelo visto, o governador recém-empossado optou pela política do genocídio contra o povo pobre, negro e morador das comunidades carentes cariocas; mesma política que o governador anterior praticava – ex-governador, diga-se de passagem, que foi cassado essa semana mesmo do cargo por suspeita de corrupção nas compras dos equipamentos de combate à pandemia.
Vale o registro que essa ação policial foi um verdadeiro ataque ao Supremo Tribunal Federal, que proibiu, durante a pandemia, ações policiais nas comunidades carentes.
Esperamos, no entanto, que o STF, o MP estadual, OAB e a sociedade organizada reajam e exijam explicações a quem de direito for – a começar pelo próprio governador.
Direção da Feteerj
Comentários