A direção da Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino no Estado do Rio de Janeiro (Feteerj), reunida em Teresópolis, alerta para a grave situação política e econômica do país e, particularmente, do nosso estado.
A Feteerj, de antemão, se coloca contra o governo golpista de Temer, que vem agindo de forma ilegítima, sempre buscando retirar direitos sociais e trabalhistas do povo brasileiro, atacando, ao mesmo tempo, a Previdência Social, a CLT, os sindicatos, os serviços públicos (PEC 55), a Petrobras, o ensino público e gratuito (reforma do ensino médio) e até mesmo a liberdade de expressão – ataque esse que tem no projeto “escola sem partido” o exemplo mais triste e que atinge diretamente os professores.
Com isso, a Feteerj apoiará e participará dos atos e eventos diversos que tenham como objetivo se opor a todos esses ataques perpetrados pelo governo ilegítimo de Temer. Por conseguinte, a Federação defende que os movimentos sociais, partidos políticos, entidades sindicais e entidades estudantis se unifiquem em torno da defesa de nossos direitos e pelo afastamento imediato de Temer da presidência.
Em relação ao Rio de Janeiro, é sabido que, desde o início do ano, o governo vem tendo uma redução brutal na sua arrecadação, o que causou uma crise fiscal sem precedentes. O resultado disso aí está: atrasos nos pagamentos dos salários dos servidores, incluindo os aposentados e pensionistas, o sucateamento dos serviços essenciais, o uso do Fundo Judiciário pelo governo, colocando em risco o sistema Judiciário, além da falência de empresas.
Essa crise é fruto não só da má administração dos seguidos governos do PMDB, com isenções bilionárias e desmedidas, como também um processo de corrupção nessas gestões, no mais alto nível de governo, que culminaram com a prisão do ex-governador Cabral, que movimentou, segundo o Ministério Público Federal, um esquema de corrupção profundo.
Em nosso estado, a Feteerj se coloca contra o pacote de maldades de Pezão, que visa atingir o servidor, com o aumento da alíquota de Previdência Social e o limite de gastos com pessoal, com o congelamento de salários dos servidores; além de atingir a sociedade e a população mais pobre, com o fim do bilhete único de transporte, o fechamento de restaurantes populares, entre outros.
A Feteerj não concorda que após tantos desmandos do governo Cabral/Pezão/Dornelles os servidores sejam punidos.
Por fim, a Federação reitera que a unidade, em nível nacional e estadual, dos mais amplos agentes progressistas em torno da defesa dos direitos sociais, trabalhistas e democráticos é fundamental nesse momento em que, claramente, os setores reacionários tentam avançar contra todas as conquistas que tivemos desde a aprovação pelo Congresso da Constituição de 1988.
Diretoria da Feteerj
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