
Ato no Clube de Engenharia em defesa da soberania, dia 02/09, teve a presença da direção da FETEERJ (foto: Marcelo Mesquita/FETEERJ)
O Clube de Engenharia do Brasil realizou em seu auditório, no Centro do Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira (01/09) – véspera do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de estado – um ato público em defesa da soberania do Brasil e das instituições democráticas.
A organização da atividade foi feita por dezenas de instituições da sociedade civil. Estiveram presentes o ex-ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu; diversos reitores de universidades; CREA; Senge; CUT; sindicatos; vários parlamentares; representantes de instituições diversas, entre outras personalidades.
Os diretores da FETEERJ, professores Oswaldo Teles e Antônio Rodrigues, e o presidente do Sinpro-Rio, professor Elson Paiva, estiveram na atividade.
Fernando Peregrino, vice-presidente da instituição, apresentou o evento e informou que três andares do Clube estavam tomados por centenas de pessoas para assistir à atividade, presencialmente no auditório e através de telões. Ele convidou o presidente do Clube, Francis Bogossian, a abrir oficialmente o ato. Bogossian, com isso, instalou uma Assembleia Permanente pela Soberania, com as palavras: “O Brasil não aceita tutelas e não abrirá mão de decidir o seu destino”.
Logo após a abertura, o primeiro orador a ser convidado foi o presidente da ABI, jornalista Otávio Costa, em um momento simbólico, pois trata-se de uma instituição sempre presente nas lutas históricas pela soberania do país, como bem demarcou o apresentador.
JOSÉ DIRCEU
Em seguida, foi convidado a falar José Dirceu, que alertou a respeito da intimidação de Trump ao nosso país: “A grande questão do Brasil é a sua elite, que não pensa o país”. Dirceu também alertou que “O Brasil precisa de uma revolução social e política, com profundas reformas tributária e financeira; esse ato que nos une hoje é um exemplo dessa ação que é necessária. Com isso, é preciso retomar as ruas”, disse ele.
Logo após, o ator Antônio Grassi leu a Carta ao Povo Brasileiro, o manifesto do ato, que se inicia dessa forma: “O Clube de Engenharia do Brasil, entidade centenária, é portador de uma história de lutas que integram o patrimônio da nacionalidade brasileira: contra a escravatura, pela república, pela democracia e em defesa da soberania brasileira. Hoje, vem se pronunciar perante essa história e ao povo brasileiro, contra a grave ameaça perpetrada por um país, à nossa economia e ao nosso sistema jurídico e democrático”.
O manfesto foi assinado por mais de 170 entidades, incluindo a FETEERJ.
O manifesto pode ser lido aqui.
Também fizeram uso da palavra convidados pelo Clube: o reitor da UFRJ, Roberto Medronho; Pedro Celestino, ex-presidente do Clube; o ex-ministro de Tecnologia de Lula, Roberto Amaral; a deputada Jandira Feghali; Carlos Lupi, pelo PDT; Bianca Borges, presidente da UNE; a deputada Benedita da Silva; o deputado Tarcísio Motta; o deputado Glauber Braga; Ana de Holanda, ex-ministra da Cultura de Lula; a influenciadora política Aline Dutra; entre outros.
Além dos citados, estiveram presentes o deputado federal Reimont, os deputados estaduais Flávio Serafini, Dani Balbi, Luis Paulo. Marina do MST e Carlos Minc; e João Vicente Goulart, filho de João Goulart, presidente derrubado pelo golpe militar de 64; Marcio Pochmann, presidente do IBGE.
GRITO DO EXCLUÍDO
Durante o evento, todo o plenário foi convidado a participar do 31º Grito dos Excluídos, no 7 de setembro, às 9h, com concentração na Avenida Presidente Vargas, esquina com a Rua Uruguaiana. Neste dia, vamos dar uma demonstração de força em defesa da nossa soberania e democracia.
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