Sinpro Macaé fez estudo sobre a situação salarial dos professores da educação básica

jun 21, 2016

Do site do Sinpro Macaé: O Sindicato dos Professores da Rede Particular de Macaé e Região teve a iniciativa de produzir um estudo da situação salarial dos professores do período de 2009 a 2015, tendo como base os índices inflacionários INPC /IBGE , os nossos reajustes salariais e o aumento das mensalidades escolares.

Como acontece todos os anos, no final do ano letivo, os representantes dos estabelecimentos de ensino anunciam as previsões de reajustes das mensalidades das escolas. A justificativa foi que o ‘insumo’ mais pesado nas escolas é o humano − salários e encargos trabalhistas de professores pessoal administrativo.

A maioria das escolas privadas cobrou e recebeu a primeira mensalidade de 2016 em forma de matrícula. Conforme o levantamento feito pelo Sinpro Macaé e Região, a média do reajuste praticado pelas escolas privadas foi de 13%.

No mês de maio de 2016, data-base da categoria para o reajuste do salário dos professores, nossa reivindicação é de 15% (9,9%, é o índice do INPC do período) e mais ganho real de 5%, que é vista pela representação dos donos de escolas como algo absurdo e fora da realidade. O aumento das mensalidades, que foi justificado, principalmente, para fazer face ao reajuste dos professores, ficou no esquecimento.

Discurso Patronal X Realidade Inflacionária

Na avaliação da professora Guilhermina Rocha, secretária geral do Sinpro Macaé e Região e (também diretora da Secretaria de Gênero, Etnia e Diversidade da Feteerj), “este estudo traduz a realidade de todos os professores sobre a ausência efetiva de uma valorização profissional. Quando os donos de escola afirmam a necessidade do reajuste sobre as mensalidades escolares justificam que é para garantir aos professores o cumprimento do reajuste salarial. O que o estudo demonstra uma outra versão sobre este discurso”.

Na realidade este estudo confirma que o poder aquisitivo vem oscilando para baixo. Os reajustes não recuperam o pode aquisitivo dos docentes, corroídos pela inflação do período.

De acordo ainda com a professora Guilhermina, “o cenário apontado pelo levantamento é agravado pela retirada de direitos e dos ganhos salariais da categoria”.

O levantamento realizado pela direção do sindicato comprova que a Valorização dos Professores tem andado em passos lentos e as contas não fecham. De acordo com o Sinpro Macaé e Região, com uma inflação de 9,91% (INPC-IBGE) e um reajuste médio de 13% nas mensalidades, e ainda oferecer aos professores um reajuste de forma parcelada não respeita a dignidade do trabalho docente. Não somos intransigentes, queremos apenas que nosso compromisso com os alunos seja correspondido pelos patrões.

Respeito e salários dignos, já!