Querem vender o Brasil. Você concorda? Ato em Brasília contra as privatizações

set 13, 2017

 

O ilegítimo Michel Temer pôs o Brasil à venda sob o argumento de que precisa arrecadar dinheiro para cobrir o maior rombo fiscal da história, do qual ele mesmo é autor e responsável. O governo quer obrigar cada brasileiro a pagar a conta negativa que, somente no acumulado dos últimos 12 meses, chega a R$ 180 bilhões. Quer se desfazer do patrimônio e desmontar o Estado brasileiro, vendendo empresas públicas de setores estratégicos – como o setor energético – e comprometendo a soberania nacional.

Para se contrapor a todo esse desmonte, as bancadas do PT, PSOL, PCdoB, PDT e da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, que se opõem a essa política entreguista, realizarão audiência pública e ato de protesto a partir das 13h desta quarta-feira (13). A ideia é reunir sociedade civil, sindicatos, federações e associações – que agregam petroleiros, engenheiros, servidores públicos e trabalhadores em geral – para dar um basta a esse “feirão” golpista, sobre o qual os brasileiros não foram chamados a opinar.

No rol de empresas que Temer pretende retirar dos brasileiros para entregar ao capital privado, estão a Eletrobras – maior empresa do setor energético brasileiro – e a Casa da Moeda do Brasil (CMB). Caso as pretensões do governo avancem no sentido de vender a Eletrobras, poderão ser inicialmente privatizadas até 14 usinas hidrelétrica antigas pertencentes às subsidiárias Chesf, Furnas e Eletronorte. Tal movimento repercutirá diretamente no valor das contas de luz, afetando, indistintamente, os brasileiros. Essas usinas, juntas, geram eletricidade suficiente para atender de 20 a 25 milhões de residências.

Trata-se de uma farsa para enganar o povo brasileiro e aprovar com agilidade a venda do País. Antes do golpe, o déficit previsto para 2017 era de R$ 58 bilhões. Com a dupla Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, apoiada pelo grupo do ‘pato amarelo’, da Fiesp, a previsão de déficit disparou e chegou à estratosfera. Só nos últimos 12 meses, alcançou quase R$ 180 bilhões.

A sanha entreguista de Temer é tão avassaladora que ele planeja vender até mesmo a Casa da Moeda. Fundada em 1694, essa empresa pública é a responsável, há mais de 300 anos, pela produção do dinheiro brasileiro e de outros produtos de segurança, como passaportes com chips e selos fiscais. Desfazer-se da Casa da Moeda é uma venda emblemática, que mostra que o governo atual não tem compromisso com a história, a soberania e a segurança nacional.

Chamamos a atenção para outro importante detalhe que revela o descaso total desse governo com o patrimônio, já que não é oportuno vender ativos do País em um momento de grave crise. Com a recessão brutal da economia provocada pela gestão econômica desastrosa de Temer, os preços dos ativos na economia brasileira se encontram em níveis especialmente baixos. Por isso, até mesmo os neoliberais, que defendem a tese do Estado mínimo e preconizam que o setor privado deve assumir a operação de certos setores da economia, entendem que agora é um momento péssimo para se desfazer de ativos públicos.

A audiência desta quarta-feira será no Auditório Nereu Ramos, no Anexo 2, da Câmara dos Deputados.

NO RIO DE JANEIRO

Lembrando que hoje teremos a coletiva de imprensa, às 14h, no Sindipetro-RJ, que fica na  Av. Passos, 34 – Centro, com representantes das mais diversas entidades de classe, sindicatos, federações, associações, que reúnem desde bombeiros a engenheiros, professores, petroleiros, servidores públicos de órgãos diversos, trabalhadores em geral, para lançar, no Rio de Janeiro, a campanha EU NÃO VENDO O MEU PAÍS.