DADOS DO IDEB NÃO FORAM PIORES DEVIDO AO ESFORÇO DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO

set 24, 2022

As duas etapas do IDEB 2021 para o ensino fundamental e o ensino médio tiveram queda de aprendizagem tanto em escolas públicas e privadas; índices só não foram piores devido ao comprometimento dos trabalhadores e trabalhadoras da educação durante a pandemia de Covid-19 (foto retirada do site da CNTE: Gabriel jabour/Agência Brasil)

Com dados enganosos e subnotificados, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb) e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2021, termômetro para medir a qualidade do ensino público e privado no país, só não foram piores devido ao comprometimento dos trabalhadores e trabalhadoras da educação durante o período da pandemia de Covid-19.

Quem afirma é o professor da Universidade Federal do ABC (UFABC), Fernando Cássio, em entrevista, nesta quarta-feira (21): “A queda só não foi maior porque tinham professores/as fazendo o que era possível porque passaram dois anos de pandemia com a rede estadual em situação lastimável, e a rede que tinha mais condição de fazer, não fez. O resultado é ruim, mas só foi melhor por conta dos/as professores/as engajados”, diz.

Fernando afirma ainda que os professores, mesmo desvalorizados, são responsáveis pela melhora do resultado, não o Ministério da Educação (MEC) e as secretarias estaduais de educação. “As perdas de aprendizado na pandemia são reversíveis, ou seja, o desastre propagado foi evitado, é justo reconhecer o esforço das/os educadoras/es. Além de terem ajudado a salvar vidas, fizeram um enorme esforço para garantir que as crianças e jovens aprendessem”.

Segundo os dados do Ideb, apesar da queda na aprendizagem entre 2019 e 2021, o índice se manteve estável nas três etapas do ensino. As taxas de aprovação, que fazem parte do cálculo, ficaram distorcidas durante a pandemia, após grande parte dos estados brasileiros adotarem a aprovação automática.

Informações do site da CNTE